Marcelo Candia cuidava dos hansenianos com amor


MARCELO CANDIA cuidava dos hansenianos com muito amor. Quem tem DEUS dentro de si, indubitavelmente ama o próximo, ainda que sejam pobres e hansenianos. MARCELO CANDIA viveu para provar isso ... ...
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Marcelo Candia cuidava dos hansenianos com amor


MARCELO CANDIA cuidava dos hansenianos com muito amor. Quem tem DEUS dentro de si, indubitavelmente ama o próximo, ainda que sejam pobres e hansenianos. MARCELO CANDIA viveu para provar isso, ele que foi denominado de o rico que se tornou santo, e que doou os seus bens que restaram inclusive todo o tempo de sua vida aos pobres da Amazônia sem pedir nada em troca.


Um homem quase Santo, próximo de ser beatificado viveu em Marituba e por ela foi esquecido junto com sua grandeza de espírito e despojamento. Atualmente (por seus feitos que foram tantos) ele é merecedor de pelo menos receber a homenagem de ceder o seu nome para uma rua, uma praça ou até mesmo um projeto social. MARCELO CANDIA pode ser considerado o precursor da ideia da necessidade de oferecer um curso profissionalizante para os que eram, são e serão esquecidos pela sociedade que os abandona e cobra deles a seriedade dos que nada lhes falta. Antigamente profissionalizar era oferecer um trabalho nas oficinas criadas na colônia, para que cada um dos trabalhadores (os hansenianos) aprendesse e ao mesmo tempo se tornasse um profissional no serviço executado para se tornar independente, quando ou se saísse do leprosário. Hoje o Governo faz a mesma coisa com os não doentes, porém abandonados da mesma forma, e usa nomes diferenciados para a prática de ajudar os mais necessitados. Um hospital com o seu nome aparentemente é quase coisa nenhuma para o muito que esta cidade recebeu antes mesmo de se tornar cidade, município, celeiro de votos para vozes que gritam tão alto se esmerando a cada dia de suas vidas com o intuito de fazerem o melhor para a Marituba de hoje que caminha a passos largos. Administrada por um prefeito modelo e premiado por seus feitos direcionados ao povo maritubense: Mário Filho.


Seria bastante oportuno batizar de MARCELO CANDIA ao menos um dos projetos que utilizam a prática iniciada (o curso profissionalizante chamado antes de: trabalho nas oficinas) por este homem que faz isso com seus próprios recursos e sem ser candidato a nada, pois o local que ele escolheu para ajudar os necessitados, não pedia e não permitia que ele se candidatasse a carga nenhum.


Em praticamente quase todas as secretarias municipais, aquelas que funcionam ao menos parcialmente com cara de secretaria de verdade, elas estão sempre criando ou inventando um curso para ensinar qualquer coisa, infelizmente os referidos cursos não criam raízes, não adquirem formato de cursos que ensinam algo palpável que qualifique os que o frequentam cheios de esperança acreditando que teriam um certificado de peso para a conquista do primeiro emprego, mas a decepção é grande, o certificado não serve para nada. Se ou quando for criado um curso de QUALIFICAÇÃO DO JOVEM PARA O PRIMEIRO EMPREGO, seria uma ótima ideia se o batizassem de CURSO MARCELO CANDIA.


Edvan Brandão
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MARCELO CANDIA


Conheça a partir daqui a história do MARCELO CANDIA que foi denominado de o rico que se tornou santo. Pelos que se dedicaram a contar a sua saga por todos os cantos que passou. Esta é a biografia do Industrial humanitário MARCELO CANDIA.
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No dia 13 de agosto de 1983, morreu em Milão, na Itália, Marcelo Candia, o mais humanitário dos industriais e aparentemente o mais louco entre eles, pois em 1964, se desfez da sua indústria química, e doou os seus bens que restaram inclusive todo o tempo de sua vida aos pobres da Amazônia sem pedir nada em troca. Apenas que o deixassem morar com eles. Primeiramente construiu para os necessitados o Hospital São Camilo, no Amapá, transferindo-o posteriormente aos médicos padres camilianos. Viajou a esmo até o dia em que se deu conta que estava em Marituba mais precisamente na colônia-leprosário de Marituba, vivendo como se fosse um velho morador compartilhando a vida que não era mais dele, com os hansenianos, visitou a Europa por várias vezes para angariar fundos que ele direcionava para os leprosos, seus companheiros do leprosário. Os fundos que eram angariados através da Europa se tornaram mais necessário quando o governo desativou a cidade-leprosário que depois de desativada e sem que fosse transferida caiu no colo do homem que estava mais próximo do problema: Marcelo Candia que fez questão de trazer para sua companhia para ajudá-lo na árdua tarefa dom Aristides Pirovano, ex-bispo de Amapá, e alguns padres e irmãs.


A fundação Marcelo Candia, ganhadora de vários prêmios internacionais. Provocado por sua dedicação com os desfavorecidos pela sorte mantém obras sociais em todo o Brasil. O homem modelo não deixou nada escrito, deixou alguns testemunhos da vida que levava. A mesma vida que era voltada para a caridade, tamanha caridade fez com que ele se despojasse de todos os seus bens materiais para seguir o exemplo de Cristo, servindo aos necessitados: o exemplo de um santo moderno que fez da riqueza um meio para sua santidade. Ao concluir o processo diocesano para a beatificação de Marcelo (1991), o então cardeal Martini, de Milão, sintetizou sua vida em poucas palavras:


"Marcelo Candia era o tipo do homem perfeito que todos gostariam de lhe dar bom dia apertando a sua mão honesta, corajosa que se esmerou para levar ao ponto mais distante a palavra de Deus que recomendava “Se queres ser perfeito, vai vender teus bens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu, e vem, sê meu seguidor” MATEUS 19:21. Foi isto que ele fez! Vendeu tudo que tinha e foi cuidar e viver com os pobres do leprosário.
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Marcelo Candia tornou-se, provavelmente sem querer, um dos santos da modernidade, isto acontecerá logo que for reconhecido oficialmente. Tenente de artilharia durante a Segunda Guerra, dois diplomas universitários, industrial vitorioso dado aos prazeres que o dinheiro proporcionava, porém, voltado para as obras de caridade, que pareciam desafios para um milionário provar para o mundo que as fortunas podem ser usadas de formas caridosas ou egoísticas, só depende do caminho escolhido.


Doutor Marcelo, forma como era chamado por seus doentes, era um homem de fé e um empresário bem-sucedido, com liberdade para executar livremente as suas ações caridosas. Não fazia parte de instituições religiosas e acreditava que fosse um “enviado” com a missão de dar assistência aos pobres, principalmente aos que eram mais do que pobres: os hansenianos. Que ele via neles o sofrimento de Cristo, a rejeição plena pela sociedade desprovida de coração. Em Marituba, Marcelo Candia morava com os leprosos, sem deixar transparecer temores de contaminação e convivia o dia a dia com eles o mais próximo possível: fazia as refeições no mesmo cômodo e desfrutava da companhia deles mesmo nos momentos reservados para o seu descanso.


"Quando vim para a Amazônia, pensava que o dom maior que podia fazer aos pobres era o meu dinheiro e as minhas capacidades profissionais, mas descobri que eles eram o verdadeiro tesouro. Não fui eu que dei algo para eles, foram eles que me deram".


Adalúcio Calado, hanseniano que conviveu com o Marcelo Candia em Marituba, fez questão de deixar para a história o seu depoimento transmitindo os seus próprios sentimentos quando disse. "O Doutor Candia não somente nos ajudava com as obras sanitárias e sociais, mas nos amava e, nele, percebíamos o amor que Deus tinha também por nós, leprosos, recusados por todos... Fazia tudo por amor a Deus, nada procurava para si, mas tudo o que possuía era para os pobres, os doentes, especialmente para nós, hansenianos. Era heroico na sua doação. Ele, rico e culto, vivia a sua vida em nosso meio e nada podíamos dar-lhe em troca. Era o exemplo vivo e palpável do amor de Deus entre nós".


Marcelo Candia foi um homem atualizado para sua época, empreendedor sem sinais de sonhador, mantinha o pé no chão e sabia que precisava administrar com o máximo zelo a sua fortuna amealhada com a venda dos seus bens e as grandes doações espontâneas que lhes chegavam às mãos através dos amigos, simpatizantes da sua causa. Ele não fazia caridade de maneira que o pobre necessitado ficasse melindrado, procurava sempre um jeito caridoso de entregar o que era pedido com o mesmo cuidado de quem pedia o que precisava ganhar. Desta forma os pedintes não se sentiam humilhados, mas sim felizardos, pois além de receberem o que estavam necessitando recebiam a chance de aprender (recebendo uma ajuda de custo) um trabalho nas oficinas montadas no interior da colônia, para que eles tivessem uma profissão para trabalhar se algum dia eles saíssem do leprosário.


Marcelo tinha por norma dizer para quem quisesse ouvir. “Quem recebeu mais do que precisa, precisa doar muito mais para os pobres, para que eles possam viver com dignidade o papel de filhos de Deus!” Atualmente tramita um processo de beatificação do Marcelo Candia, e o pedido de beatificação avança a cada dia que passa para satisfação dos interessados diretamente.
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Marituba exposição artística na Biblioteca Municipal

Edvan Brandão

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