A beleza da história está na ficção dela mesma, quando passa muito próximo arranhando a realidade do mundo das religiões. O mundo delas é um mundo contado, pois elas se enlameiam a cada dia que passa. São escândalos e mais escândalos, em cada uma delas! Qualquer grito de defesa, que elas porventura queiram dar, com certeza vai sair baixinho, será um eco inconsistente.
Alusão chegou para fazer história:
É o primeiro romance que abordou o círio como pano de fundo da história de uma ficção de um jeito único criado por este escritor maravilhoso que não deixa em nenhum momento que o romance se pareça regional, aquelas histórias açucaradas que predominam na literatura paraense e maranhense como um, todo!
No outro sentido da via dupla Alusão mostra: os crápulas, os desonestos (os bem-sucedidos) que classificam as suas atitudes como singelas espertezas. Nas calçadas das sarjetas do Recife, o que é bom se contamina e descobre no progresso dos outros, a mentira que ele não tinha. Revoltado pela dureza com que o mundo o recebeu – não deixou que tivesse nem pai nem mãe –, lhe deu como berço uma lata de lixo. Eurípedes resolve cobrar da sociedade, que o resgate da miséria para uma vida melhor, se foi o repúdio da sociedade que o empurrou para a miséria, então será a própria sociedade que o resgatará da miséria. Eurípedes inventa a sua grande mentira..